Segundo Bruno Bettelheim, "João e Maria" é um dos muitos contos de fadas onde dois irmãos cooperam num auxílio mútuo e alcançam o sucesso devido aos esforços conjugados. Estas histórias orientam a criança no sentido de transcender sua dependência imatura dos pais e alcançar os níveis seguintes e mais altos de desenvolvimento: valorizando também o apoio dos companheiros de idade. Este discursos aparece claramente em "As Aventuras de João e Maria".
Apesar de ter escrito uma história onde a bruxa aparece transmultada de Vovó, um palhaço psicodélico, que tem no seu fantoche um alter ego e um Curupira interesseiro, não significa que o final da trama, embora diferente do conto original, reforce a ideia de que "todas as preocupações acabaram, e eles viveram juntos na mais completa alegria. Meu conto terminou; há um ratinho correndo, quem o pegar que faça dele um capuz de peles".
É certo que Vovó Zilda (interpretada por Andréa Bandeira em seu terceiro espetáculo pelo Grupo Teatro Total), após tomar o elixir da bondade do Doutor Otavius, se transforme numa pessoa boa. O que significa que tudo mudou devido à "modificação das atitudes internas". As crianças irão perceber que não temerão mais a Vovó-Bruxa, pois "provaram a eles mesmos que,pelo esforço conjunto, podem vencê-la em esperteza, saindo vitoriosos.
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